PRAZER

Tudo tão banal

Tudo tão banalizado

Até pronunciar ou sentir prazer é chover no molhado, é dizer o que não se sente mais

Os sentimentos se transformaram em coisas

Fomos, aos poucos, coisificando absolutamente tudo

Cabe aos poetas, aos escritores, aos sonhadores mudar isso

Sentir na pele

No olho

No nariz

Na língua

Nas mãos, no toque de olhos fechados

Sentir com intensidade

E deixar o prazer chegar

Com força, muita força

Alda Germano Rodrigues
Enviado por Alda Germano Rodrigues em 06/01/2022
Reeditado em 06/01/2022
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