PRAZER
Tudo tão banal
Tudo tão banalizado
Até pronunciar ou sentir prazer é chover no molhado, é dizer o que não se sente mais
Os sentimentos se transformaram em coisas
Fomos, aos poucos, coisificando absolutamente tudo
Cabe aos poetas, aos escritores, aos sonhadores mudar isso
Sentir na pele
No olho
No nariz
Na língua
Nas mãos, no toque de olhos fechados
Sentir com intensidade
E deixar o prazer chegar
Com força, muita força