Filosofia da identidade _ 1
O que percebemos hoje ao observar a sociedade é inevitavelmente uma infantilização provinda de uma negação do princípio de realidade, sendo assim, deveríamos observar, além de danos comportamentais, danos cognitivos e observamos isto. A sociedade hoje beira a loucura, pois a negação da razão se dar pela linguagem, ou seja, por ela mesma. Isso ocasiona adolescentes infantis, e adultos que não os são, ou seja, um mundo de jovens; a busca do direito negligenciando o dever, que está em contiguidade com ela, é realizado sem ao menos questionarem-se, este absurdo lógico já não é tido como tal por conta da insuficiência dos filósofos modernos em encontrar a verdade através da razão, daí o existencialismo advindo da impossibilidade da metafísica e do problema ontológico. O direito implica o dever, mas o dever não necessariamente implica o direito, pois a natureza do dever sempre é o sacrifício, não só porque remete ao guerreiro, focado apenas em acertar o alvo, em nossa assinatura genética, mas porque também remete a pulsão de morte, porque na psique o está em voga sempre, é um movimento ininterrupto ao falar de outras coisas ou de si mesmo. A identidade do homem não se constitui nos atos substitutivos, mas na aceitação de si como um ato em e meta, isto é, sempre relacionado a um objeto ao negar a ausência de conclusão filosófica de tal distinção (eu/objeto). A prova apodítica de que somos o ser pensante se dar, contra intuitivamente, pelo ato de pensar (que é empírico, em certa medida), sempre ao estar, ou melhor, quando consciente de o estar, no mais são distrações, ou apenas necessidade social de reafirmar nossa persona ante a sociedade. Toda a relação psicossocial se dar pelo ser psíquico-social-biológico, quase que em nó borromeano, mas não pelo ser meta-psíquico-social-biológico e tudo o mais, em outros termos, o ser que está a falar disto tudo. O Eu assume uma relação de identidade com o andar superior e inferior, pois a nomeação 'eu' é por natureza um ato de significar, ou seja, é um significante e como toda significação, se não reduz, simplifica as séries de ideias encadeadas, muitas vezes de formas não compreensíveis, ou rastreáveis, a uma síntese. Assumindo 'esse' que não pode ser verossímil ao conjunto vazio, pois assume um predicado irredutível e irrevogável, a razão, alcançaríamos ao estar cada vez mais em contato com ele, isto é, nós mesmos em essência (no sentido aristotélico do termo), verdades universais, por isso absolutas, através da reminiscência. Consequentemente, não são as memórias que constitui ou define um individuo, assim como não é a sua ''unidade'' fisiológica, haja vista, que há a necessidade de unidade para a constituição da identidade, é em síntese tudo isto e muito mais, pois o ser pensante em nós significa tudo e não é isolado em si, abrange tudo e todos e é justamente este abarcamento específico com as coisas que torna cada significação particular e, portanto, única.