Dentro do peito poeta, um turbilhão de versos se digladiam, e se amontoam!
Tantas coisas, ainda a serem ditas, precisam e eu sei...
Tantas expressões e ditames da alma que o coração apertado, chega gemer do dor.
São dores doentes, distantes e que dão ferroadas de agonia,
Pelo excesso de falas anódinas, pela escassez e por simplesmente, pela falta de ouvidos.
Dores que extravasam cercanias do coração e que não são apenas dores não, reconheço!
Tem versos de amor, que não viraram nenhum verso,
Pois penso que tudo deveria se resumir, em amor tão somente!
Mas, que não sei porque se tranformam com facilidades, em ódio.
Até dores, descobri que podem se tornar motes de quimeras e de bem querer.
Por exemplo, o voo nobre das andorinhas mensageiras, porta vozes do verão;
Bem como, o voo solto de todos os alados, viajantes do tempo
Que até sabem andar e caminhar, sobre a aridez viciante de nosso chão
Mas que preferem, com as patinhas limpas, adejarem pelos jardins, mais belos do infinito
Contornando e atravessando nuvens brancas, ladear arco íris e sobrevoar, rente mares;
Ensinando como deve deambular, nossa alma vadia e dolente.
Seus pensamentos sem fim, suas asas, seus pés, nosso coração!
Dentro do poeta, ainda um desassossego eterno!