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Dentro do peito poeta, um turbilhão de versos se digladiam, e se amontoam!

Tantas coisas, ainda a serem ditas, precisam e eu sei...

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Tantas expressões e ditames da alma que o coração apertado, chega gemer do dor.

São dores doentes, distantes  e que dão ferroadas de agonia,

Pelo excesso de falas anódinas, pela escassez e por simplesmente, pela falta de ouvidos.

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Dores que extravasam cercanias do coração e que não são apenas dores não, reconheço!

Tem versos de amor, que não viraram nenhum verso,

Pois penso que tudo deveria se resumir, em amor tão somente!

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Mas, que não sei porque se tranformam com facilidades, em ódio.

Até dores, descobri que podem se tornar motes de quimeras e de bem querer.

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Por exemplo, o voo nobre das andorinhas mensageiras, porta vozes do verão;

Bem como, o voo solto de todos os alados, viajantes do tempo

Que até sabem andar e caminhar, sobre a aridez viciante de nosso chão

Mas que preferem, com as patinhas limpas, adejarem pelos jardins, mais belos do infinito

Contornando e atravessando nuvens brancas, ladear arco íris e sobrevoar, rente mares;

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Ensinando como deve deambular, nossa alma vadia e dolente.

Seus pensamentos sem fim, suas asas, seus pés, nosso coração!

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Dentro do poeta, ainda um desassossego eterno!

Uma tempestade formada desde sempre, sem saber a dimensão final e onde isto vai dar!

Tudo se corroendo, destoando desde quando o princípio, era apenas e inocentemente, começo!

...prenuncio de verdadeira, eterna e necessária paz!

Onde os assombros, não das coisas, nem dos bichos,

Mas de toda nossa cólera futura, atroz, atual, recorrente e insaciável

Fazia, fez e faz, retroalimentar nossa ganância e sanha, desmedidas!

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Sim, "a nossa...", pois não vejo e nem sinto dolo noutras criaturas, outras crias valorosas do Criador.

Porque mesmo, embora tudo que resta e se apresenta, ainda nos seja suficiente e belo

Nada, exatamente nada, é ainda o que era...

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Admitindo-se milagrosamente, que o tudo que mantem-se, incrivelmente de pé

...que teimosamente permanece, resiliente e vivo...

Tudo, ainda seja inimitável e belo!

Apesar de 'meu eu' querer e continuar ,apenas ver tudo...

...continuar a tentar descrever tudo isso;

Só que dá agonia demais, pois o verso certo

Aquele..., que ainda preciso ser dito:

...não sai!

...não vem! 

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SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 04/01/2022
Reeditado em 04/01/2022
Código do texto: T7421602
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