Imunize a alma da esperança
Não sei se é pura malandragem
Se ao exorar é o de todo fingido
Não tem jamais a boa jovialidade
Ante o semblante caro descorado
Acabado nesse meio amadorismo.
Não vai renunciar de subir a rampa
Não se desafie na mente tão sapeca
Aérea a turma se inventa embriagada
Tenha dó dos espíritos lá da esquina
Aproveite e apresente a nova canção.
Onde é que estão às peças saudáveis
Tiradas lá da valentia do esconderijo?
No braço foi injetado o líquido do bem
Se você se recusar não terá propaganda
Na cabeça nua sangra, sonhos poluídos.
Na moita a nova cartilha cede autografada
A romancista estranha, o vil casto déspota
Oferece sem mágoas, os bons pensamentos
Olha pelo curral, o gado sequestrando o céu
No grito seco enxovalha a entalada garganta.
A criança aperreada produz a tal felicidade
Se no dia amanhecer sem alma da fina flor
Deixa fora do peito o sopro dos dissabores
Prontos para preencher o jogo das malícias
Se cair chuva plante samba na minha horta.