COMO AS COISAS ACONTECEM
Sabe quando você faz algo sem premeditar e acerta na mosca? Foi isso que me aconteceu, e só agora, cinco anos depois é que vim notar. Era novembro de 2016. Estava em um daqueles momentos que a inspiração nos falta, mas comecei a tentar escrever um soneto. Não sei de onde me veio a ideia de fazê-lo sem rimas. Ficou bem mediano, mas recebi bons comentários, e até uma ótima interação do poeta fcunha lima. Relendo agora, me caiu a ficha: Se me faltava inspiração, nada mais natural do que o poema não ter rimas. Só que não tive esta “sacada” naquele momento.
Eis o soneto e sua bela interação:
Ela Não Veio
Quem me dera ela viesse agora,
Na hora me desse um poema pronto,
Que mesmo tonto com tanta beleza
Eu o transcrevesse com maestria.
Tal poema por certo conteria
Palavras que eu guardo bem lá no fundo,
Onde o mal não chega e o bem aflora,
Palavras só de amor e humildade.
Quem dera viesses, Inspiração.
Sem ti como dizer meu sentimento
Num momento de todos tão festivo,
Mas tu não vens e eu sem voz me calo,
Não falo e a emoção é vendaval
No peito a sussurrar: Feliz Natal!
..........ooooooOOOOOOooooo.........
CADÊ A RIMA
Por que não vens a mim rima esperada,
Minha estesia nem te vê por perto
E da inspiração fica um deserto,
Em minha mente não existe nada...
Mesmo que fosse uma rima quebrada,
Pois rima rica com seu leque aberto,
Nem chega perto pode ficar certo,
Todas sumiram pelo vão da estrada.
Cadê a minha rima companheira,
Aquela que embalava a poesia
Que me fazia escrever soneto.
Eu quero uma rima verdadeira,
Que me ajude todo santo dia,
Só assim novo verso eu prometo.
Fernando Cunha Lima