Controle.
Eu sou controladora.
Admito.
Não é algo fácil de admitir, tampouco é algo fácil de lidar. Seja eu mesma ou alguém lidando comigo.
Nunca tinha pensado nas consequências dessa característica até esse ano, quando eu me vi forçada a lidar com uma pessoa extremamente irresponsável, relaxada, presa numa zona de conforto destrutiva, e que simplesmente não conseguia lidar com a verdade. Seja saída da própria boca ou ouvida.
Vi o quanto me adoeceu (mental e fisicamente) ter que estar me relacionando com essa pessoa.
Ausência, sumiços, promessas quebradas, pedidos e mais pedidos para eu ter paciência, como se eu já não estivesse sendo paciente o suficiente.
Eu perder a paciência e brigar por mais de três horas de atraso é errado?! Então eu sou a errada.
O problema é que eu não apenas perco a paciência. Eu fico extremamente transtornada. Perco a noção, fico tão nervosa que me dá crise de tremores, enxaqueca, fico cega a qualquer situação, além da que me enraivece no momento.
Isso não está certo.
Ninguém pode me afetar dessa maneira sem a minha permissão.
Eu me irrito com facilidade, sim. Minha irritabilidade dura mais que o normal? Sim.
Eu deveria lidar com isso? Sim.
De qual forma? Bem, temos duas alternativas.
-Ou eu resolvo a questão o mais rápido possível, se depender apenas da minha solução;
-Ou eu elimino a fonte do problema da forma mais definitiva possível.
Ultimamente eu tenho usado a segunda alternativa com tanto prazer que chega a ser físico.
Mas eu percebi que entrei numa espécie de ciclo, e sinto no meu âmago que as pequenas coisas vão me afetar novamente.
E eu não quero soar maluca, ou surtada, a ponto de questionar e precisar entender toda e qualquer ação (ou a falta dela, de acordo com minhas expectativas).
Mais uma vez, a falta de controle (ou o medo de como isso soará aos ouvidos de segundos e terceiros está me matando.