I-XIV Jaezes de vida e morte
Não temo a guerra que invejo, oro por querer sê-la.
Por fazer de si real, conhecendo Ele ou não, existindo apenas quando existe, não sempre, não o tempo todo.
O invejo, mítica criatura que se mostra finita, mas faz-se imortal, que mesmo criança ceifa a vida de quem a gera.
Figura de tantas mães, tantos pais, tantos irmãos. Já na gestação nos alucina, fazendo-nos inimigos da própria família, de linhagem única e exclusiva, é de longe a honra que nos fascina.
Que homem poria fim em sua própria guerra se o fim nunca foi a nossa meta?
Se não nos sonhos, aqui é este filho que nos espera, o que nos designa e nos leva.
Felizardo quem o tocou sem ser tocado. Infeliz quem diante dele está despreparado.
Faça de mim, então, alguém assim, que dá ao ruim algum fim.