Ente-cidade
Essa vida minha, confusa e estúrdia, de diluir-me no ambiente e ser apenas ente existente, mas não visível, dos lugares; o que quero é ser parte de tudo que faz parte deles, desde as árvores, calçadas, ervas daninhas, lama, cerâmicas, edifícios até do mais pobre ao mais nobre vivente. O que quero são ângulos, visões, sensações. O foco, obviamente, é o ser humano, este mesmo que construiu todos esses espaços, criação em cima de creação; manipulação deste último, cultivo de, hoje, reprimidos espíritos, vidas sufocadas e tudo mais.