I-XII Jaezes de vida e morte
Miseráveis, apostam ao acaso como donos de Deus.
Intrigados por verem-me sozinho, questionam o que não podem perguntar e,
como quem detém culpa, temem então, o que inventam para si, para os outros, e para ninguém.
São as tentativas de ver-me feliz que me lembram de vossas almas que residem aqui.
Por serem de outras que outras têm, ou de alguma que só tenha alguém,
esqueço-me do que pedem ao lembrar-me do que merecem.
E se, por séculos, as respirações me segurassem,
fariam com que a morte não me achasse, apenas para rirem, aqui, de mim e do que não supero,
de quem se vitimiza e arrepende, e de quem, com a morte, consente.
Basta, então, isto ser o que é, e ser eu quem tenho sido.