A Maldade Humana
Dentro da alma humana há profundos desejos ambivalentes pela harmonia e pelo caos. Um coração que guarda, esconde e reprime mentiras, pensamentos incestuosos, invejas, raivas, intolerâncias, impulsos assassinos, arrogâncias, mentiras, desejos de manipular quem quiser na hora que quiser, estupros, promiscuidades sexuais, tudo isso silencia e grita em nosso coração; como a mente humana está repleta e cheia de covardias, de imoralidades, de fanatismos, de corrupções, de delírios homicidas e sexuais; coração que transborda erros, atos e gestos agressivos, orgulho e mesquinhez, cobiça e mais cobiça, traições, palavras torpes, ambíguas e pervertidas.
Nossos olhos a ocultar tantos preconceitos e racismos, tantos prejulgamentos sobre nossos semelhantes, incontáveis desejos megalomaníacos em ser deuses ou em estar no topo de tudo; como o ser humano abraça seus amigos e os dilacera mentalmente.
Quem nunca mergulhou nas entranhas escuras, abismais, nebulosas, e divergentes de si mesmo jamais entenderá quem é o ser humano, o que é o mundo, o que ocorre, por que ocorre e como ocorre os processos conscientes, inconscientes e inefáveis do obscuro espírito humano, e de toda as nossas perversidades, sofrimentos e fragilidades.
Mesmo diante desse poço de ambivalências e desigualdades que nos formam, ainda assim, quem sabe, podemos encontrar, ainda meio que suspirando o último fôlego de vida e esmagada debaixo de nossos pés, uma lágrima de perdão e de luz a qual chora, como uma criança abandonada em um deserto, perante essa coisa inominável em que nós nos tornamos.