Fundo do Poço

Aqui, onde minha alma se encontra,é escuro e ninguém consegue me ouvir. Por mais que a garganta doa, sinto-me imóvel como em um pesadelo.

Não tem luz, apenas o eco dos meus gritos, que me consomem a cada segundo.

Consigo visualizar o meu corpo do outro lado, mas a minha alma não consegue sair dessa prisão.

Choro, grito, sofro e ninguém consegue ver. Morro por dentro a cada segundo, dia após dia e por mais que ninguém veja, minha alma está lá, no fundo do poço.

Sei que posso emergir, mas antes preciso deixar os tijolos pesados que carrego ao longo da vida. Enquanto o meu corpo e minha alma estão separados, resta tentar me livrar de todas as dores, para que possam se tornar novamente, um só.

Ana Paula Ramos Medeiros
Enviado por Ana Paula Ramos Medeiros em 17/12/2021
Reeditado em 20/08/2023
Código do texto: T7409359
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