O homem espiritual e o homem material
O homem voltado para a espiritualidade tem sua conduta baseada em um padrão estável, sólido, que por sua vez se fundamenta num patrimônio cultural e moral adquirido e amadurecido ao longo dos séculos.
Ele tem modelos onde buscar inspiração para agir de acordo com sua consciência e acredita que um dia será cobrado por suas escolhas, mesmo que seja por ele mesmo.
Ele é adepto do progresso consciente.
O homem espiritual acredita na virtude da conduta individual que vai ter um reflexo proporcional no bem estar do todo.
O homem material, adepto do “revolucionarismo”, tem sua conduta baseada em padrões móveis, instáveis e na maioria das vezes ditados por sociopatas, cuja conduta é totalmente reprovável do ponto de vista da espiritualidade, mas perfeitamente aceitável na ótica ideológica.
Ele é um ser que fora do todo ideológico se enquadra na antiga expressão do “patinho fora da lagoa”.
Ele nunca terá uma conduta independente porque ela é contraditória em relação ao padrão, que é estritamente grupal, onde todos tossem e espirram ao mesmo tempo, ao comando do guia do momento.
O homem material acredita que nunca será julgado individualmente por seus atos porque agiu de acordo com o sublime objetivo de “transformar o mundo”.
Nesse contexto, tudo que contribui para se atingir a meta, mesmo o pecado, a mentira, o crime e o genocídio, será perdoado e portanto, considerado “bom”. O que for contra a meta será considerado “mau”.