Término
sinto seu cheiro no travesseiro e meu corpo dói; que falta de você. como eu queria que tivéssemos tido mais tempo, mais histórias para contar, mais risadas para dar, mais amor para partilhar. essa casa, que se torna imensa quando você chega, tornou-se lar algum. eu não me enquadro mais.
quebradiça e despedaçada, eu me encontro, quando te olho com olhos de menina que implora por uma não-partida ou pela lentificação do adeus.
por favor, não vá embora. eu dizia com a voz rouca de tanto choro engasgado na garganta que arranha ao te implorar. não vá embora como todo mundo sempre fez. não quero carregar o fardo de quem não fica nunca e só faz doer.
qualquer espécie de conforto vindo do calor dos seus braços era legítimo para quando eu chorava rios e rios e desaguava no seu pesar. me embebedava na sua ternura. obrigada pelo toque.
eu amo você exatamente da mesma maneira de quando te escolhi pra ser a mulher a passar o resto da vida ao meu lado. e se ter que deixá-la ir é necessário, a amo imensamente mais por isso.