I-IX Jaezes de vida e morte
É embaraçoso.
Como defender quem, morto, mais se confunde?
Superestimada tal fábula de que o mundo tanto guardam, pois tropeçam sem as pernas, e com suas bocas nunca falam.
Durmo então sem que permitam,
esquecendo no corpo joias que nada justificam.
Teria eu que, menos que tu, novamente viver apenas para mais noção ter?
Treinar esses passos barulhentos para próximas vidas assombradas, pois sei que a carne ferve mesmo quando abandonada.
Crescemos e nos apaixonamos, convencendo-nos que perdemos apenas o que não aproveitamos.
E como testemunha de tamanhas besteiras, digo que a raiva serve-me apenas para que vexames eu tenha,
fazendo da Terra apenas terra, do inferno menos inferno, e de mim alguém à parte, escondendo-me de meu resgate.