SOBRE OS ATEUS CRENTES
Os ateus são racionalistas convictos e inflexíveis, e eles dizem que só acreditam na ciência com os seus “incontestáveis” conhecimentos. Assim sendo, eles acreditam que o Universo tem 13,8 bilhões de anos de existência, que os dinossauros foram extintos por um meteoro há 65 milhões de anos, que o sol tem 10 bilhões de anos de vida, dos quais ele já viveu 5 bilhões de anos, que existe a matéria escura, e até que existem vários multiversos! E eles acreditam também no tal do bóson de Higgs, que foi inventado para justificar um enorme e inútil investimento no acelerador de partículas. É claro que estes conhecimentos são todos “incontestáveis e devidamente comprovados”, como exigem os ateus!?!? E se os cientistas disserem que os terraplanistas estão certos, também com toda a certeza os ateus acreditarão neles, tamanha a sua fé na ciência, infalível e incontestável em todas as suas abstratas elucubrações.
Porém, curiosamente, os cientistas não conhecem as constantes cósmicas, não sabem explicar a lei da gravidade, desconhecem a configuração do Espaço, não sabem a origem da radiação cósmica de fundo, não sabem elucidar o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg sobre a instabilidade das partículas, não sabem o que são os Buracos Negros, não têm o discernimento sobre o fenômeno da expansão, não sabem porque a luz na cor violeta é mais potente do que nas outras cores, não conseguem idealizar o modelo do Universo, e nem conseguem imaginar quem é Deus, em cuja existência não acreditam.
Tudo na Física pode ser resumido nos dizeres de um Escritor norte americano: “A Física nada mais é que a busca pela simplicidade definitiva, mas até agora, tudo que temos é uma espécie de bagunça elegante”. (Bill Bryson)
Há 397 anos, o sapateiro alemão Jacob Boehme (1575-1624) sabia tudo o que os cientistas estão procurando saber há mais de um século, e deixou tudo escrito em suas obras, produzidas nos parcos 49 anos em que viveu, corroborando a conclusão do cientista norte americano:
Robert Jastrow, (1925-2008) – (astrofísico teórico americano), “Neste momento parece que a ciência nunca será capaz de erguer a cortina acerca do mistério da criação. Para o cientista que viveu pela sua fé na força da razão, a história encerra como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância, vê-se prestes a conquistar o pico mais alto; à medida que se puxa a rocha final, é saudado por um bando de filósofos que estiveram sentados ali durante séculos”.
“Os astrônomos encontram-se agora entre a espada e a parede porque procuram entender, pelos seus próprios métodos, que o mundo começou abruptamente num ato de criação, onde é possível inclusive rastrear as sementes de cada estrela, cada planeta e cada ser vivo no cosmos e na terra. E eles descobriram que isso aconteceu como consequência da atuação de forças que eles não esperam sequer descobrir... Que existe aquilo que eu ou outra pessoa qualquer chamaria de forças sobrenaturais em ação, e agora, acho um fato científico provado”.
Baruch de Espinoza (1632-1677), Filósofo holandês, teve a mesma percepção de Zenão de Eléia e de Jacob Boehme, e concluiu que o verdadeiro cristianismo esclarece que estamos e somos em Deus, e a encarnação não significa que Deus veio viver entre os homens, mas sim que Ele vive nos homens. Espinoza ataca duramente a teologia cristã por ter destruído essa verdade do cristianismo. Na verdade Deus se produz a Si mesmo, às coisas e ao homem, e esse modo de autoprodução é o próprio modo de produção do real. Assim, Espinoza elimina a ideia fundamental da teologia e da filosofia cristãs, ou seja, a ideia de criação, e de um Deus pré-existente que tira o mundo do nada. Deus se produz e produz as coisas pelo mesmo ato, e Ele é a causa de Si mesmo e das coisas, como causa imanente e não transcendente. A sua produção não visa a fim algum, pois é o seu próprio fim, e entre esse ato de produção e o produto não há distância a separá-los, pois são uma só e mesma coisa, ou diremos, Deus se produz, de Si mesmo, por Si mesmo e para Si mesmo, porque tudo é Ele mesmo, ou seja, Deus é o próprio Universo, e é por isso que Ele diz em Hebreus 8:11: Todos Me Conhecerão.
Além do campo das macro estruturas e da Filosofia, temos também o espaço das micro estruturas, onde se encontra o Projeto Genoma Humano (PGH), que foi uma pesquisa científica que contou com a participação de cientistas de 18 países. O genoma é o conjunto de genes de uma espécie, e os resultados finais dessa pesquisa foram apresentados em abril de 2003, com 99% do genoma humano sequenciado e 99,99% de precisão.
O diretor desse Projeto foi o Geneticista norte americano Francis S. Collins, que ao adquirir a profundidade desse conhecimento, converteu-se de ateu para Cristão. Até os cérebros menos privilegiados serão capazes de associar o conhecimento à sua conversão, e como um paradoxo, podemos concluir que a ignorância é associada ao ateísmo, pois o conhecimento faculta o discernimento, que dispensa a crença ou a descrença. Aqueles que não possuem o conhecimento, sendo prudentes, não devem assumir convicções imutáveis e tampouco externá-las, até que adquiram o conhecimento consistente, podendo então assumir a responsabilidade pela exposição das suas ideias, sem o risco de se arrepender de tolices que seriam produzidas pela ignorância e expostas publicamente.
Francis S. Collins afirmou: ”Descobri que há uma harmonia maravilhosa nas verdades complementares da fé e da ciência. O Deus da Bíblia é também o Deus do genoma. Deus pode ser encontrado na Catedral e no Laboratório. Investigando a criação incrível e majestosa de Deus, a ciência pode na verdade ser uma forma de louvor”.
Muitos dos que se dizem ateus, estão na verdade desesperados para obter os conhecimentos que transcendem a racionalidade, e não o conseguindo entram em desespero e passam a emitir blasfêmias, que se expandem na velhice, com a aproximação do fim da vida, e com os tormentos das suas incertezas. É evidente que essa insensatez só agrava os tormentos que infernizam a vida dos ateus e agnósticos.
As denominações teológicas são corresponsáveis pelo fomento do descrédito em Deus, tanto pelos maus exemplos, como pela indevida investidura na pretensa representação de Deus, e também pelo ensino baseado na literalidade da Bíblia e nas fábulas e genealogias, pois, sem a unção espiritual, não é possível adentrar na sua substância.
Aos crentes no ateísmo, recomendamos que se livrem da inflexibilidade das suas convicções, passando a estudar, entre outros, Jacob Boehme, C. S. Lewis. Huberto Rohden, Pierre T. de Chardin, sem preconceitos, pois a sabedoria não admite convicções imutáveis, tendo em vista a inexorável evolução... Quanto à Bíblia, esqueçam as histórias e genealogias, estudando os evangelhos e os Profetas, especialmente Paulo, João, Isaías, Jeremias, Ezequiel, e muito especialmente os Livros Eclesiástico, Sabedoria, Eclesiastes e Provérbios.
Livros de Jacob Boehme, em português:
A aurora nascente / A sabedoria divina /A revelação do grande mistério / Os três princípios da essência divina / Quarenta questões sobre a alma / A chave / A encarnação de Jesus Cristo / As confissões / Diálogo entre uma alma iluminada e outra em busca da iluminação / A vida suprassensível / O caminho para o Cristo
Livro de Pierre Teilhard de Chardin:
Hino do Universo
Livro de Francis S. Collins:
A Linguagem de Deus
Nossos Textos no Recanto das Letras:
Dez Breves Lições da Theosophia
Nove Pedras no Caminho