"TU PODES ADIAR, MAS O TEMPO, NÃO." - Benjamin Franklin
Um dia será tarde demais para subir aquela montanha, cantar no karaoke, seguir aquela trilha mata adentro. Será tarde para reunir alguns amigos e detonar 5 garrafas de vinho, pois vinho não se mistura com remédios.
Um dia, as coisas que a gente vive adiando para "quando fizer sol," "Quando eu puder," ou "um dia desses" serão contas em um pesado colar de arrependimentos que manterá nossos ombros doloridos e nossos pescoços pesados. As promessas que fizemos às outras pessoas jamais serão cumpridas, porque elas não estarão mais aqui, ou não terão mais disposição física ou mental para fazerem.
E a gente faz sempre tudo igual, cumprindo rotina até nas horas de lazer, porque é mais fácil, mais barato ou então porque "sempre" haverá uma nova oportunidade, um outro dia. Achamos que vamos ser jovens para sempre, que tudo será como sempre foi, que as pessoas (e nós) Jamais envelheceremos.
Então morre o primeiro amigo -aquele, que a gente vivia pensando em chamar para nos visitar. Morrem os avós, a mãe, o pai. Nossos ossos envelhecem e nossos músculos atrofiam, e já não tem mais como subir aquela montanha. E passaremos a velhice Contemplando-a da janela ou da cadeira de balanço, com a certeza de que jamais saberemos que paisagem ela nos ofereceria.
E na maioria das vezes, bastaria ter dado um passo, feito um gesto, cumprido uma promessa. A distância entre uma vida boa de se lembrar e uma vida cheia de amarguras e arrependimentos é realmente muita curta, quase nunca tem a ver com tempo ou dinheiro. Tal distância é tão curta quanto a medida da palavra "vontade."