O cinismo como norma de conduta III
Discursando na XVII reunião do Foro de São Paulo em Manágua em 2011, Luís Inácio da Silva prestou homenagem a Schafik Jorge Handal, que foi comandante da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional.
Esse grupo armado foi fundado em El Salvador em 1980 a partir da fusão de outras organizações de esquerda.
Sua atuação armada contra o governo, levou o país a um guerra civil que em 12 anos estima-se que provocou a morte de 75.000 salvadorenhos.
Os políticos de esquerda veem as dezenas de milhares de mortos na guerra civil salvadorenha, os milhares na revolução cubana, um terço da população do Camboja, 40 milhões de soviéticos e 70 milhões de chineses, como natural, porque morreram “em nome do povo”.
Porém, veem com profunda indignação a morte de duas centenas de guerrilheiros, que lutaram “em nome do povo”, pelos militares no Brasil. Essa indignação é diretamente proporcional à indiferença que mostram em relação à morte daquelas pessoas inocentes, motivando assim até a exigência de indenizações por parte da população que defenderam com “imenso amor”.
Acredito que nenhuma outra organização, mesmo que criminosa, consiga demonstrar de forma tão descarada esse cinismo que está no DNA das organizações de esquerda.