I-VII Jaezes de vida e morte
Querida mãe,
há anos quero dar-te algumas palavras e receber as suas.
Perdi-me neste péssimo tempo e não quero ser encontrado.
Ouço quem diga meu nome enquanto pensa em outro.
E cansado de tantas vidas aqui, vejo que se tornou um vício me iludir.
Não entendo o mundo, nem este tempo que nos envelhece sem que passa.
Lembro-me de sua antipatia por quem normal se faça,
e vi que talvez, assim, mais goste de mim.
Mas por tanto culpar-me por existir, depressa lembro-me do porquê larguei-te aqui.
Descansa-se, então, com a paz de mim tomada, pois já não creio que justiça haja.