Direnzi.
Minhas mãos suam, minha garganta arranha e minha voz não sai, como se existisse um nó que me prendesse, para não dizer o seu nome pela milésima vez.
Minhas pernas tremem e cambaleiam quando tento ir até onde você está.
Onde você está?
Não sei, talvez nem eu mesmo saiba onde estou!
Já me perdi por tantas ruas e lugares por onde já passou, mas nada de você pelos cantos.
Reviro-me na cama de um lado para o outro.
Minha cama reclama da minha inquietude.
Acalma-te coração ele não vai ser seu ele grita para mim.
E digo outra vez me iludindo vai sim.
Fecho os meus olhos o máximo que posso.
Dentro de mim, escuto um tudum:
Me silencio e prendo minha respiração!
Presto atenção e mais uma vez escuto tudum, que se espalha pelo vazio do quarto ecoando, e mais uma vez o meu peito se rasga como quase todas as noites.
Fantasio na minha cabeça que a qualquer dia você irá aparecer pela porta e dizer, cheguei!
Sei que tudo isso são carambolas da minha cabeça.
Só ficamos duas vezes, mas para quem é intenso é o suficiente.
Às vezes me deparo falando de você para alguns amigos
e eles dizem para eu parar de ser louco, louco eu?
Só porque criei um mundo na minha cabeça.
Um mundo que estamos sempre juntos, mas se você pudesse se ver com os meus olhos, você entenderia o sufoco que passo diariamente sem tirar você da minha cabeça.
Eu não sei explicar, mas desde o começo sempre foi você.
Já se passaram mais de cinco anos e continuo aqui, torcendo os dedos e pedindo ao universo para me escutar.
Só não demora Direnzi que lentamente estou me cansando.