Quando aperta o coração
Eu sei que dói quando qualquer coisa abstrata ganha a forma do que sinto por você.
Eu sei que dói quando não esperava pelas lágrimas que escorrem de surpresa por minha face.
Eu sei que dói quando a luz amarela fraquinha do meu quarto não me traz aconchego, mas solidão.
Eu sei que dói quando percebo que a ânsia que meu coração sente é sua falta.
Eu sei que dói quando nenhum descanso é calmaria, mas ferida que se mostra aos poucos conforme as horas passam.
Eu sei que dói quando lembro do quanto você se importa e eu me importo, mas existe o porém.
O porém que você sabia que existiria, que nós sabíamos, e não soubemos o que fazer.
Eu te disse adeus me equilibrando no meio fio de meus limites. E de novo, eu não quero ir.
Quantas vidas já imaginei viver contigo?
Infinitas, incontáveis, incomparáveis, você não faz ideia. Não faz.
É tudo sobre concessões e sobre sermos capazes ou não de revelarmos a nós mesmos o que virá.
Por trás da cortina existirá o amor ou a partida?
Está cedo demais para dizer e estou cansada demais para continuar pensando.
Você me faz falta e é difícil estar assim.
O que me dói acima de tudo é saber que no nosso jardim escolhemos plantar espinhos ao invés de flores. E no looping do nosso (des)amor, a gente vai se deixando aos poucos.
Não te guardo palavras de rancor, mas guardo o abraço que contém mais de mil palavras que não sei dizer sobre o quanto te quero, sobre o quanto te amo e sobre o quanto, mesmo com todos os poréns, eu gostaria que déssemos certo.