Adeus, ou até breve, Pequeno Akwã.
Você preferiu ouvir os seus próprios barulhos. Preferiu ouvir outras pessoas. Esqueceu de nos ouvir por um pequeno relapso de instante.
Surdo. Mudo. Assim, fui-me embora.
Por vezes, pego-me em devaneios do nosso passado. Em nossos pequenos momentos. Únicos. A nostalgia me afoga em instantes tão lúcidos como se tudo estivesse acontecendo novamente. Ali. Eu e você e a certeza incerta da eternidade.
Lembra quando pegamos aquela estrada à noite enquanto ouvíamos a minha música? Aquela música que cantamos toda. Felizes como se aquilo fosse durar para sempre. Mudamos a estação de rádio e lá estava a música novamente para nos fazer delirar por mais alguns instantes de amor eterno.
Promessas vãs. Pergunto-me em qual parte daquela estrada nos perdemos. Só resta a mim essas pequenas lembranças de nós dois. Acho que dessa vez nem o tempo será capaz de curar as cicatrizes de nossa felicidade que me corroem dia após dia.
Conviveremos entre a lembrança e a saudade. Entre o felizes pra sempre e o alguém que já não conheço mais. Perdidos. Vazio. Enfim, talvez depois do fim. Amanhã. Depois. Quiçá, algum dia. Até breve, pequeno Akwã.
Adeus, ou até breve, Pequeno Akwã - CF