Razão irracional.
Imploro por atenção.
Estaria eu sufocando e pressionando os elementos naturais de uma presença?
Sem ter com o que e como chamar atenção envio textos criados pela semente de sua flor, o pólen vicioso e fértil das letras contidas em mim.
Teria eu a atenção que presumo não ter?
Ergo balaústre para sustentar a ousadia, coragem e insensatez de meus atos.
Estaria eu sendo pretensioso?
Talvez devesse abandonar o barco, mas, como capitão desta banheira de sentimentos horas racional noutra totalmente irracional.
Saberia eu contextualizar?
Morro de medo de perder o que nunca tive, confundi educação com interesse amigável, mais, por quê tem que ser assim? Nada é real, e, na ilusão de idealizar um momento, um dia até mesmo horas para ter-te...
Teria eu a alusão de mim mesmo?
Hoje eu abandono qualquer esperança.
Fecho a cortina deste ato que me proporcionou dias felizes, mas, que destruí com palavras, sufocando-a e atrapalhando sua jornada de escrever, fui avisado e ignorei, fui lembrado e me fiz desentendido, por ser educadamente uma dama suportou minhas investidas literal, quem sabe ano que vem, possar ser lembrado ou esquecido de uma vez como aquela primeira escrita, empoeirada, sem rima, cuja infância nos fez rabiscar.
Estaria eu sendo finalmente sóbrio?
"Tudo que pensamos ganhar, de fato não nos pertence."
Texto: Razão Irracional
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 14/02/2021