PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Enquanto aqui me abro, me fecho lá fora...
Construo muros, destruo e passo a demolir essa casa...
A quem dei as chaves, tive a honra de ser aberta para que me desfrutasse sozinha... orientada a ser tão eu que descobri que era só, de fato...
Na tentativa de uma nova tranca, me violentaram... Roubaram a cena, meu luto, minha perda e sequestraram meu momento... me encarceraram fora da minha realidade...
Agora liberta, não quero inalar o ar dessa casa desfeita, tampouco rever esses velhos pisos...
Em meu estado puro e simples de solidez (ou ÃO), quero minha companhia...
Como quem conversa sozinha num cenário escuro, sabendo que à minha volta existe uma plateia espreitando o final da peça... e assim, me conforta estar só, mas saber que ainda há quem me aplauda de pé por protagonizar esse melodrama que tem sido a minha vida...