Os erros
Sabe-se que os erros são tropeços no meio de um caminho de quem deseja um progresso em todos os sentidos.
Deixar de acertar em um momento decisivo faz com que se sinta caindo em um buraco profundo, e o pior e quando não se tem um suporte para se segurar enquanto cai. E neste buraco mora a culpa ao qual é preciso fazer uma boa amizade para que ela deixe alguém sair de lá.
Se algum dia me concedessem um desejo, gostaria que errar não fosse tão intenso. Essa intensidade se dá devido a exposição pessoal e coletiva ao não maleável, ao crítico, ao que prejudica, fere, expõem, machuca, traz consequências, rouba a escolha de ignorar o acontecido e deixa manchas irreversíveis no histórico do protagonista.
Ele se julga, absorve a experiência, sofre, aprende e tenta se redimir com o entorno quando cabível, mas adivinha?
O protagonista descobre que tudo isso foi muito necessário, mas ele vai errar novamente, não da mesma maneira, mas vai errar com certeza. Descobre que as consequências as quais ele terá que lidar irão fechar oportunidades, afastar pessoas e levá-lo ao mesmo buraco vazio novamente.
Mas ele entende que de cada erro pode surgir inúmeros olhares sobre a realidade e enquanto estiver respirando pode tentar ser alguém melhor.
Das poucas verdades que existem é que viver errando não é um limiar, viver acertando também não é.
E entre erros e acertos só é preciso viver um dia de cada vez e quem sabe amanhã seja melhor.