O Assalto

 

 

Hoje dia 30 de Agosto de 2021, às 08:00 da manhã após conversar com a minha digníssima me despedindo dela e da sua aluna Maila, a mesma me disse assim:

- Tio vai com Deus.

Então em resposta, falei.

Amém.

Completando com o pensar a frase: Que não é com "doim".

desci as escadas para retirar a Bike, comecei a pedalar em direção a Calçada por onde passo toda vez que vou pedalando ao trabalho. Sentindo a Bike pesada imaginei:

- Deve ser a sujeira e os cabos que estão sem lubrificação.

Retornei para casa, prendi a Bike no portão como de costume, segui em direção ao ponto de ônibus ouvindo meu velho Rock anos 70".

 

Sentei-me no banco esperando o Vale das Pedrinhas, passamos pela Calçada, São Joaquim, entrando no Comércio em direção a Ladeira da Montanha. Paramos no ponto para um cadeirante soltar quando entrou três jovens um de camisa preta, outro de rosa e o outro vomitando no meio do buzu após a saída do cadeirante. Eu estava esperando uma lugar vago para me sentar e observando-os pensei:

- Vai ser agora...

Quando começamos a subir a ladeira o de camisa preta anuncia o assalto e começa pilhar somente os aparelhos de celular. Em meio a gritaria, ao nervosismo as pessoas começaram a retirar seus aparelhos e entregar.

As pessoas estavam coitadas em transe num momento de descontração, assistindo filme, falando com alguém ou jogando. Todos foram pegos de surpresa e os assaltantes sabiam, apesar de amadores, a confusão e o tumulto facilitaria a sua abordagem.

O primeiro erro...!

Tipo de quem é amador. A pilhagem veio do fundo para a frente, sabemos por mais ignorante que seja a pessoa, que temos que correr para a saída e não para onde tem paredes.

Bom segue o desfecho...

Gritando como bicho encurralado, ameaçando o motorista dizia:

- Diminua a velocidade motorista!

O de camisa preta colocava a mão na camisa como se estivesse armado.

O segundo erro...!

Quem esta armado mostra, e, não faz mensão de estar diz logo para as vítimas pra que veio.

Bom, continuando...

As pessoas vendo a cena ficaram mais nervosas e eles se aproveitaram disso.

 

Quando chegaram até mim na frente do buzu, e, que já havia estudado o movimento de cada um deles:.

A pressa dos três, e, como faziam a ação sem nenhum planejamentos.

O fato de não estarem armados.

O receio de terminar a ladeira e ser pego, entre outros.

O de camisa rosa falou-me assim (Com o mobral de quem nunca estudou):

- Um bora vei pass o cel.

 

Olhei-o de lado nos olhos, por uma breve fração de tempo ele tentou ganhar meu aparelho no grito. Ele estendeu sua mão livre em direção ao meu bolso onde o celular estava, foi ai que eu respondi...

Como ele segurava fortemente a alça do banco, teve que inclinar o corpo para o alcance, com movimento leve usando minha mão esquerda, segurei a dele pondo meus dedos no ponto certo para a torção, inclinando meu corpo 90 graus forçando-o a envergar mais usei o peso dele contra ele mesmo,e, impussionei meu corpo para atingi- lo com meus ombros ocasionando um pequena e discreta perda de estabilidade.

Em meio a gritaria e confusão ninguém prestou atenção ao ocorrido, ficando despercebido...

Então ouvi:

- desce, desce, bora, desce, ninguém oia pra trais...

Ao descer seguiram rumo ao comércio.

 

Começaram então as cogitações...

Como, por quê, o motorista tem culpa, deixou entrar sem máscara no ônibus, eram tantas acusações para um ser só.

O motorista tentava se explicar e ao mesmo tempo dizia que iria para a delegacia. Enquanto eu, acalmava uma jovem senhora que estava com medo deles voltarem.

Veja você... O quanto a falta de frieza e o tumulto lhe deixa vulnerável a outras circunstâncias e pessoas mais sagazes.

 

Texto: O Assalto

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 30/08/2021

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 19/11/2021
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