Pensamentos que vagueiam pela rua...

 

Segue o vento, assim vão os pensamentos, voando sem direção, levados pela fúria do sim ou do não, passos incertos, mas certos, de que nada há para perder!

Na dureza da estrada, cheia de pedras vivas, na descida, escorregar é só uma ajuda, cair faz parte, levantar é a rotina, continuar é o dilema!

Não há saída após a chegada, não há chamada, sorte ou azar, aqui temos que ficar, crescer, combater, se virar, a vida exige mais de nós e nós nada podemos exigir, apenas lutar por cada dia do nosso existir!

O sol é para todos, a sombra, a chuva e o temporal, escolhas são os pontos de partida, querer, aceitação, direção, definição!

Chorar é da criação, assim como o sorrir, temos sentimentos, somos seres em construção, aprender é difícil, a prática é dolorosa, o desprender-se da comodidade, gera a liberdade e isso duramente se conquista!

Nesta caminhada, a noite vem acelerada, é preciso correr para alcançar o pouco, mas necessário. É preciso arriscar, riscar o chão e as paredes com a mão da aceitação, fazer a história, marcar e demarcar o espaço que cabe num quadrado, tempo que não segura com a mão!

O vão vai se estreitando em meio as emoções, dores e ações, as questões são inimigas da paz, muita inquietude trás, mas também leva ao mar de respostas, solução sempre há de se achar!

No encaixe de cada peça, com a cola que não tem na escola, faz a vida mudar de dentro para fora, crescer é inevitável, amadurecer faz parte!

Amizade que abraça hoje, amanhã não se vê mais, tudo é passageiro, como uma miragem, fica só a imagem da nuvem que se vai, verdade, dura realidade!

A peneira passa, arrancando o cobertor, tirando a água, enrolando trouxas, triturando esperança, mas a teimosia faz, procurar outro canto, não importa onde, sobreviver após o monte, na subida, sol escaldante, suor que escorre, olhar que vai adiante, seguindo o rumo das mudanças, no meio do circulo do poder!

Vazia e barulhenta sinfonia toca, ninguém ouve, ninguém sabe, ninguém vê, ela toca todo dia, de manhã até o anoitecer, silênciosa aos olhos dos gritantes, robustos gigantes, agoniante diante daquele que sem letras, nada come! 

Açoite acabou, assim muito se pensou, mas quem acordou, sabe que nada mudou!

Olhares na escuridão, como luzes acesas, coração presente, sentimento ausente, frio/quente, importa aceitar, apenas aceitar ter que ser diferente, em meio a tanta gente, viver é opção!

 

 

 

 

Glaucia Amaral
Enviado por Glaucia Amaral em 18/11/2021
Código do texto: T7388776
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