Destinatário Incerto
Às vezes escrevo algo mesmo sabendo que nunca vou entregar a alguém para ler
Isso pode ser medo ou até timidez pense o que quiser de mim, ou melhor, não pense.
Às vezes eu não sei o que quero dizer, mas mesmo assim toco-me a escrever.
E acabar por ficar lendo velhas mensagens até a vista cansar ou as letras acabarem,
Às vezes escrevo algo que gostaria de ler, e acabo por ter medo de mandá-las a alguém.
E sempre sobra uma frase feita, entretanto nunca antes dita a ninguém.
Mas um dia haverei de achar alguém a quem dizer ou mandar, cochichar e surpreender.
Raphael Ferras (23/09/06 – 22:22h)