A Insignificância de Ser

Eu tinha acabado de sentar para almoçar quando uma colega sentou a minha frente e questionou-me.

- Seu Osvaldo, posso te perguntar uma coisa?
- Claro.
- O senhor não gosta de mim né?
- Eu, como chegou a essa conclusão, alguém lhe ajudou a concluir.
- Não.
- Ah! Tá. Bem, eu não tenho porque gostar ou não!
- O Sr. me olha de uma forma repudaida...
- Olha vejam, vamos ser grato as novelas globais, ela sabe uma palavra diferente, porém mal expressada.
- O quer foi?
- Nada. Olha, eu acho que você está super valorizando sua pessoa, talvez ache que o mundo se resume em gostar ou não de você. Contudo tenho uma informação para te dar, o mundo não sabe que você existe, o que você presume ser "mundo" é apenas uma parcela desse universo onde sua insignificante existência perambula, que, se estende de casa para o trabalho em questão, mas, não fique triste, minha parcela também e pequena se comparado ao mundo, a diferença de nossas parcelas é o que extraímos dela; o que transforma minha pequena parte em um mundo perante o seu.
- Você acha?
- Não. Eu não acho; tenho certeza! É só olhar para si. Eu como ser superior jamais me rebaixaria a tirar perguntas com quaisquer que seja a pessoa, não me importa sua opinião sobre mim, quando eu tenho pleno conhecimento do quê e quem sou...
- Você se acha! 
- Mais uma vez; não! Eu me encontrei muito antes de você vir poluir essa atmosfera, mas, para encerrar esta conversa pequena contigo, não mesmo, porque um ser néscio como sua persona, tornar-se inexistente ante a minha pessoa. Contente; agora conseguirá dar um passo a mais nesta sua vida medíocre e insalubre. Espero ter contribuído com sua atenuação ignóbil. Agora, se me der licença; quero terminar meu almoço.
Ela me olhou de cara feia e saiu...

Texto: A Insignificância de Ser
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 09/10/2021