Reflexão "Ser"
Um dia alguém me falou:
- Eu sou jurássica, velha, por assim dizer.
Mas, como entender isso?
Qual o estado certo para a velhice?
De onde vem?
Por que tantas pessoas jovens, são?
Ouvimos tanto isso, de muitas pessoas.
Eu ouvi de uma pessoa amiga, se assim posso afirmar. Sei, apenas, sobre o que sinto a ela.
Nas poucas vezes que tive o prazer de conversarmos, a sua voz, seu modo de se expressar, seu sorriso... Ah! Seu sorriso... Que me faz sorrir! Em nada é tão velha assim.
Em estética, obviamente, os anos são vistos. Mas o que significa a idade se a mente não envelhece?
Sabemos que a mente controla todo o resto, então, ela de fato não é.
Em contra partida, me foi dito que tinha uma criança ainda alojada em seu íntimo. Desejo e gostaria de conhecer a infantilidade do ser.
Ela é escritora, artista, e, como tal, não é presa a tabus ou preconceitos. Logo seria um enorme prazer poder ler essa edição rara, única e ter com certeza um Djavú. Sim, um desses em que tantas histórias de vida se iguala a minha em momentos. Ver a garotinha solta em seu quintal, com as mãos no solo, roupas sujas e a liberdade expressada em seus lábios.
Por que temos a obrigação de matar essa criança?
Seja pelo trabalho, seja pela vida, seja pela família ou pessoas próximas.
Para você, que matou sua criança, Meus pêsames! Transformou sua existência em algo sem nenhuma aventura, sem se apaixonar pelo simples e, o mais triste, sem infância.
Quanto a mim e essa amiga... Teremos histórias, contos e poesias para deixarmos para a próxima geração.
Bye.
Texto: Reflexão "Ser"
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 17/03/2021