Na minha infância 

Eu era uma criança natural

Gostava de brincar para divertir

Não para competir 

Mas fui condicionada a essa competição inata 

E como não me adequava

Era deixada de lado

A mensagem que recebia, era que não servia. 

E a naturalidade foi se perdendo com o tempo

Afastei do que tanto me alegrava

Porque daquela forma que tratavam 

Me machucava

O tempo passou...

E hoje observo, o quanto restou daquelas crianças no adulto que nos tornamos

A vida aqui fora é cenário propício 

Para este jogo, das vaidades 

Do ego elevado

Daqueles que mais se destacam

Não tem espaço para a simplicidade 

Para aqueles que apenas querem ser o que são

Que não entram nesta avalanche de comparação 

Agradeço este tempo espaço 

Por poder recordar o passado 

E me libertar

Compreender e agora acolher 

Que Sou aquela menina livre do jogo da vida.

Que sofreu as consequências por não pertencer a essa teia. 

E que agora se olha de fora

E vê 

Que cresceu, 

Que escolheu Ser ela mesma

Autêntica 

Que a maior competição que travou foi consigo mesma

Que o maior objetivo era se conhecer

E vencer as próprias barreiras

Essa sem dúvida é a maior conquista 

Poder descansar naquilo

que é 

Desfrutar a vida 

Com leveza e alegria...

 

 

 

 

 

Fabiana Freire Semeadora do Amor
Enviado por Fabiana Freire Semeadora do Amor em 15/11/2021
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