Crença religiosa ou mentira patológica?
Na mentira patológica, o indivíduo conta mentiras para si e para os outros e acredita nelas como se fossem verdades, perdendo a capacidade de discerni-las. Ele pode dizer que está namorando uma atriz famosa ou que ganhou na loteria ou qualquer outra coisa do tipo, contanto que seja inverídica e que ele realmente acredite.
Pois, com a crença religiosa, algo parecido acontece, porque se passa a acreditar na existência de deus, não apenas como possibilidade, diga-se, bastante remota, mas, também como um fato consumado, como uma realidade que podemos tocar ou reconhecer. Diga-se, uma mentira muito provável que é adotada e defendida com fanatismo, como se fosse uma verdade absoluta e o convertido ainda querendo forçar aos outros o seu delírio pessoal. Além disso, outras mentiras, em forma de preconceitos, também são contadas pela maioria das religiões, aumentando a similaridade delas com esse transtorno, de se ser algo mais generalizado do que específico.
Outra característica em comum é que mentem para si mesmos para se sentirem reconfortados, do que enfrentarem a realidade.
Então, volto à pergunta do título: será que acreditar em deus e em tudo que vem junto, incluindo outras afirmações extraordinárias sem qualquer rastro de evidências extraordinárias, é uma forma de mentira patológica??