Asas
Caminhando por sob o silêncio da noite, entre lugares de fantasmas de sangue frio, coração a se quebrar em meio a dor da dor. Estranho invisível em um mundo onde conexões reais parecem morrer, como se o real nunca tivesse existido. Alma de lugar nenhum, que viu o medo servir de escudo ao enxergar mais do que se permitia ver na rosa a disfarçar a dor atrás de uma máscara invisível. Andarilho nunca visto, que viu um par de asas em quem o medo machucou. Sombra que encontrou um anjo ao ouvir um coração gritando sem som em meio a melodia perdida, porém que passou a sangrar por tentar a alcançar, que teve sua alma fragmentada por ouvir sua dor e não fugir. Alma quebrada por estender a mão, em meio a dois crepúsculos permanece a no silêncio caminhar.