AS DUAS ÁRVORES NO JARDIM DO ÉDEN

No Paraíso, vivia o Homem Primitivo entre todos os seres viventes seus iguais, todos eles orientados pelos seus instintos naturais, concentrados na sua sobrevivência e reprodução. Portanto, na longa etapa da evolução, o Homem Primitivo era igual aos animais irracionais, e neles todos, como é evidente, não existia a maldade inserida nas suas ações. Mas em algum momento dessa extensa evolução, o Homem Primitivo obteve naturalmente a racionalidade, e nesse instante, “morreu” o Homem Primitivo, e “nasceu” o Homem Habilidoso, possuidor da capacidade de raciocinar, e nesse exato momento, ele foi “expulso” do Paraíso, adquirindo a capacidade de discernir o bem e o mal, o que não ocorre com os animais irracionais, que se orientam somente pelos seus instintos naturais, voltados para a sobrevivência e a reprodução, preservando as respectivas espécies. O Paraíso ou Jardim do Éden é apenas o conceito, onde não ocorre o raciocínio lógico, mas, somente a natural e intrínseca adaptação ao ambiente, sem a geração de conflitos, pela inexistência de objetivos relacionados a necessidades individuais intrínsecas ou forjadas, e exigentes de satisfações. Esse contexto resulta na plenitude da paz, que não é perturbada sequer por conjecturas ou introspecções produzidas pela imaginação. Esse Paraíso na verdade, é o próprio Universo, excluindo o Terceiro Princípio, onde se encontram, n’lhões de galáxias, entre elas a nossa Via Láctea, onde se desenvolve o processo de purificação da contaminação provocada pelo insubordinado Príncipe Lúcifer.

No Éden nasce um “Rio”, que se divide em quatro “Rios”, dispostos como os quatro braços em forma de cruz, ostentando o esplendor da Geração Crucífera, exposta nos vinte e quatro Príncipes Angélicos e suas incontáveis Legiões, que iluminam o Universo! No centro do Jardim do Éden (o Paraíso), o Senhor fez brotar a Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, as quais serão agora definidas, para o entendimento dos seus respectivos simbolismos, inclusos e ocultos na literalidade.

A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal produz o fruto chamado Racionalidade, onde se desenvolve o Raciocínio, que produz o Conhecimento Racional e todo o seu desenvolvimento, em uma exponencial cadeia de interligações progressivas. O Raciocínio permite o discernimento do bem e do mal, o fruto da Árvore respectiva, que “colhido” por Adão, automaticamente o expulsa do Paraíso da Irracionalidade, ou do Jardim do Éden. A partir desse momento, adquirindo a percepção do bem e do mal, ele se torna o único animal a possui-la, adquirindo a habilidade e a capacidade de desenvolver os conhecimentos racionais, mas não a Sabedoria, somente acessível espiritualmente, concedida pelos insights espirituais.

A Árvore da Vida produz o fruto chamado Sabedoria, que produz o Conhecimento Espiritual, onde ela se desenvolve, cujo fruto é colhido exclusivamente pela Intuição, um canal transcendente à razão, por onde se escoa o Conhecimento Espiritual, o qual somente é transmissível de Espírito para espírito, e inapreensível pela racionalidade isoladamente, para a qual o Conhecimento Espiritual é um absurdo. Como está escrito, o fruto da Árvore da Vida, a Sabedoria, possibilita o acesso à Vida Eterna! Por isso, Deus colocou guardas sobre essa Árvore, cujo acesso ao seu fruto, é concedido exclusivamente pela Graça. A Árvore da Vida é Jesus Cristo, e os Guardas são os quatro Querubins que guarnecem o Átrio do Santo dos Santos, que é Cristo, o Filho e Coração do Pai, postado no centro do Universo.

A Graça é realmente de graça, e a sua concessão recai sobre os escolhidos, cuja prerrogativa é exclusiva do Pai. Ele os escolhe e os entrega ao Filho, que os conduz com Amor, e os ensina através do Espírito Santo, mediante os insights espirituais e de acordo com os dons que são atribuídos a cada um. Os escolhidos, por sua vez, se tornam Apóstolos ou Profetas, competindo-lhes a tarefa de colocar os Conhecimentos recebidos à disposição de quem interessar possa, e o Espírito cuidará da sua expansão, através dos insights espirituais. A atribuição gratuita da Graça não significa que nada possamos fazer para alcançá-la, pois compete-nos fazer por merecê-la, em função das nossas ideias, atitudes, ações e obras, no curso da nossa vida, desejando-a conforme Mateus 7:7. Na realidade, apenas um terço da humanidade tem interesse nos conhecimentos espirituais. (Zacarias 13:8,9), e não por mera coincidência, dois terços representam 66,6%. (Apocalipse 13:18).

Referências bíblicas: (Gênesis 2:8ª17 e 3:22ª24 / João 15:1,2 e17:6ª9 / 1 Coríntios 2:14,15)

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 11/11/2021
Reeditado em 10/12/2021
Código do texto: T7383252
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