POR FAVOR, DEVOLVAM OS MEUS LIVROS
“Não peças emprestado nem emprestes”
(William Shakespeare)
Emprestei um livro para um’amiga minha
Que bom qu’ela não gostou!
Acreditem: fiquei feliz por isso
Ela me devolveu... o livro
Emprestaria a alguém o que a mim pertence por que confio
... em quem me pede [emprestado] ou dado qu’eu não amo
... o qu’eu a ele emprestaria?
(E assim não me importaria em perder o qu'empresto!)
A verdade é que muitos livros qu’eu emprestei
... foram par’amigos que não prestam
Responda com sinceridade:
Por que você insiste em ter como amigos pessoas inconfiáveis?
A única resposta a que se justificaria seria que, na verdade,
... você é igual a eles (só pode!)
Bem, seria por falta de memória visto qu’eu assim era
... ou na verdade por que me faltaria vergonha na cara?
Mas, não seria eles é que s’envergonhar deveriam
(pelo que agem e se portam desta forma comigo)?
Meus Deus! Será qu’eu não me canso de ser... otário?
Oh! Por que não me respeitam?
No que não se importam (creio eu) em destruir um’amizade
... par’então se apropriarem pelo que não lhes pertencem,
(E que, na verdade, só a mim pertence)
E todas às vezes eu me prometo que irei mudar a forma de atuar:
Para co’eles
Como também para comigo mesmo
Já perdi a conta de quantos livros emprestados eu assim fiz
(E que, para minha infelicidade, não retornaram)
Na verdade, voltam somente... os “amigos”
A fim de me pedir... [“por empréstimo”]... outros livros
Seria eu alguém d’alma generosa ao qu’eu não lhes nego?
Porém, a verdade é qu’eu queria, a partir d’agora, que
... fosse o contrário:
Em qu’eu emprestaria meus amigos para os livros
(Se estes me pedir pudessem)
E co’eles – os livros- faria um trato:
Caso quisessem, poderiam ficar com meus "amigos"
Isso mesmo: não precisariam devolvê-los
Poderiam, sim, ficar co’eles - meus “leais amigos” (filhos da puta!)
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09 de novembro de 2021
“Sai e busca”
(Budha)