I-I Jaezes de vida e morte
Falho por ingrato ser, certo por orgulho ter,
e se honra alguma resta, que eu não a perca por você.
Todavia, por amor, à prova me poria,
pois são as contradições e as questões que sustentam meus gritos
que faz-me soar convicto.
Honra mantida para ser perdida.
A minha salta, do peito e da alma,
querendo largar-me nesta vida abalada.
É cobiça por calor mundano.
E se és tu quem queimas, morro eu então congelado, eternamente apaziguado.
Pobre carcaça que, por paixão, foi traída neste fim, e até ao fim foi leal a mim.
Matar-me-ia se algo assim a fizesse passar, pois sei que de fato faço.
Contradigo-me querendo viver por você, e querendo pela arte morrer.
E são estas as besteiras que estendem meu tempo,
fazendo de mim um maribundo sem vencimento.
Assim vivo inapto ao que apta tanto vives, amando presentes sem futuros e, Deus, como podes ser feliz?
Quero escrevendo estar como se aqui algo pudesses notar.
Faria de mim todas as vítimas de teus futuros.
Que haja então, um dia, misericórdia que me livra de, nisto, tanto ver coisas,
coisas que servem de pólvora à honra que me fora outrora.