Essa noite demorei um pouco mais para pegar no sono e acordei mais cedo que costumo acordar. Abri as cortinas e permiti que a luz do sol entrasse um pouco mais cedo por aqui, banhando toda a casa com seu terno afago.

 

Percebi o barulho que faz a água quando cai na cafeteira, o cheiro do pó de café que será passado. Hm, o cheiro de café! Amo!

 

Acendi um incenso às 5h30 da manhã e me deixei inebriar pela sensação de tranquilidade que aquela queima foi capaz de me causar. Pausei de frente à janela, respirei fundo e, quando me dei conta, uma lágrima já escorria, sorrateira, pela minha bochecha.

A todo instante a vida sinaliza sua finitude, diante de tanta complexidade – que muitas vezes está apenas dentro da nossa mente ansiosa, que não vive um dia de cada vez. Mas a vida dá o seu recado.

 

Uma folha que cai de uma árvore.

 

Um dia que termina.

 

Uma vida jovem que se vai.

 

Ciclos que terminam, outros que começam.

 

Acompanhamos tudo isso acontecer da nossa janela, com a consciência de que devemos ser inteiros em tudo. No presente. Não ontem. Não amanhã. Hoje!

 

O despertar de cada manhã não pode ser ignorado – e a importância de reconhecer o valor das coisas, das pequenas coisas, transforma o nosso entendimento dessa caminhada.

 

Uma ótima experiência de vida. É o que desejo.