Florescer...
Eu anulo o mundo ao meu redor.
Por vezes me anulo,
o que parece ser ainda pior.
E não consigo entender, nem viver;
sem lembrar ou esquecer.
E, ao distanciar, sigo o caminhar
com uma ferida no peito, um vazio.
Com olhar estreito,
que em nada enxerga
motivos para sorrir.
Perco a alegria, o auto apreço;
quase sempre o brilho e,
por mim o respeito quando sinto
ter cativado e magoado
meu bem querer.
Dói muito mais que amar
e não ser amado.
Uma dor profunda como se eu –
sendo um ser, não merecesse ser.
Sinto-me então murchar,
ao invés de florescer.