Fim.

Encerrando ciclos, fechando portas, seguindo em frente. Não vou mais olhar para os que não ficaram, os que me abandonaram, os que me amavam e hoje me odeiam, os que se perderam pelo caminho; não vou mais chorar por não ser aquilo que vocês queriam que eu fosse, não posso ser essa pessoa e o medo que tenho não se compara a felicidade de estar livre e poder seguir minha vida longe de todos que não me querem bem.

Vou para um lugar maior, longe desse vazio que sinto.

Ando só, sem pressa e com o corpo cheio de cicatrizes.

Não estou disponível para o amor. Não deixo as portas abertas.

Olho para dentro de mim e enxergo as feridas sangrando.

Eu poderia sorrir, mas prefiro deixar as lágrimas lavarem minha alma.

Sinto medo das relações, como se estivesse entrando em um labirinto sombrio.

Deixei que me despedaçassem, que me apontassem caminhos.

Me vi perdida e sozinha, chorei por noites seguidas.

Chorei por medo, por desespero, por ingratidão.

Fechando ciclos, questionando rótulos e rompendo amarras.

É o fim das relações abusivas.