Reflexões...

Quando simples torno o meu olhar, fácil fica reconhecer a beleza que há no mundo.

Quando torno simples o meu olhar me deparo com a realidade, e percebo a diferença entre o real e o ideal.

O real eu tenho o ideal eu posso ou não ter. No que tange a beleza do mundo, ao deparar-me com a realidade palpável, ao alcance das minhas mãos e olhos, percebi que posso mudá-la, afinal posso eu mudar algo que não é meu, que não posso eu tocar. Nisso fica a pergunta: se enxergo o que quero enxergar ou o que idealizaram pra mim.

O melhor exemplo de simplicidade no olhar se percebe através das atitudes de uma criança. Que de uma pedra ela faz um avião, um barco um carro RS...

Nunca pensei que seria preciso eu voltar a ser criança para me moldar agora adulto, e entender que o viver é muito mais simples do que imagino e me perguntar: porquê enxergo pedras...?

Onde foi parar a minha consciência? Onde esteve todos estes anos?

É melhor ser criança, pois no mundo dos adultos o que se vê é que barcos, aviões e carros são vistos mais como objetos de cobiça, que só acumulam gastos e dor de cabeça, do que de satisfação, prazer e realização pessoal. Curioso pensar o que tais objetos se tornariam nas mãos de uma criança RS... Uma nave espacial? RS... Uma criança com uma pedra ela explora o mundo, com um carro quem sabe o universo...

Tudo isso me faz pensar que sendo simples o meu olhar posso moldar a realidade a minha maneira e enxergar o mundo da forma que eu quiser.

Se certo ou errado, cabe aos dias que se seguem responder: se num mundo de trevas eu me torno são ou como muitos doutos, mestres da razão, adoeço sem perceber.