Quando o espaço se preenche do nada
Há o que colocar, mas não tem lugar
Há amor, mas não há coração disposto
Um olhar para ver o que não há
Só se quer enxergar um rumo, um plumo, uma base...
Não tem como preencher um lugar que não se ocupa
Se perde o rumo sem mesmo encontrar o caminho da volta, pois....
Cada passo que não foi dado, se apagou as pegadas na memória
Sem vestígios não tem como voltar.
Quando o espaço se preenche do nada
Sobra descrença.
O vazio também se preenche, se preenche com outro vazio.
Sobra cansaço.
E se espera sem ter por onde esperar
O reencontro com aquilo que há.
De em si mesmo.
Talvez seja aí, onde os passos foram mal endereçados.
Volte para sí.
Talvez assim, se preencha de tudo.