Jair, uma triste realidade
Devo admitir:
a coerência do presidente Bolsonaro.
É difícil admitir, mas é preciso.
Como parte do processo de cura.
Ele manteve e mantém essa característica.
Assume e ponto final.
O que não é algo simples de se fazer.
Quem nunca desejou a morte do outro que jogue a primeira pedra.
Ele não.
Ele não se encaixa nesta frase.
Ele não só desejou como deu vazão para esse desejo.
Quantos matou?
Só o tempo contará.
Ele não se vacinou.
Ele culpa o comunismo.
Ele faz piada da desgraça.
Tudo genuinamente coerente.
Ele deixa o Brasil queimar.
Ele abraça o patriota do seu lado.
Se não está do seu lado é inimigo do Estado.
Ele diz ser o Estado.
Ele não tem crise identitária.
Ele mostra o que sempre foi.
Ele deve sonhar ser o eterno presidente.
Por isso, haver se admitir.
Ele é coerência.
Ele disse: é bom jair se acostumando.
Parece mesmo que acostumamos com essa marca.
Jair, um mito, que virou uma triste realidade.
Mesmo assim, uma coisa é certa: o tempo passa para todos.