ELOGIO AO AMANHÃ

O elogio injusto avança ao hoje, em meio aos passos firmes de feitos planejados para um futuro periódico.

O poder das pessoas e sobre as pessoas, das coisas e sobre as coisas continua, para ser a voz daqueles, que, além de não obedecerem, mandam, sem saber de ordens ou de mandamentos.

A compra proclama exploração, apenas como o começo da opressão ao que há do agora, que diz de um querer nunca alcançável.

O ainda, estável, vivo e seguro, depois da fala dominante, dominadora e dominada, ousa por uma dependência, que, prosseguida de união, acaba em esmagamentos, ou com os esmagamentos, esmagando os que não se levantam.

Perdida a luta, a sabedoria chega, para reter vencedores e vencidos do amanhã, cujas vitórias e conquistas terão a força popular de todos os que, derrotados, valeram-se das oportunidades adquiridas pelas derrotas, e continuaram lutando apesar dos pesares.

Sofia Meireles.