Coxilha do silêncio

Dormi na terra do descanso eterno. Terra dos charruas e minuanos. Povos ancestrais. Terra ancestral. Um descanso sobre uma coxilha antiga. Fronteira formada por indígenas, portugueses, espanhóis e negros. Agora, todos descendentes deste descanso. Terra para viver os últimos dias. Um alento. Perto do céu. Um céu profundo a perder de vista. No silêncio de pedras. No silêncio do campo. Silêncio antigo como o tempo. O sol e a lua cintilam entre declives e aclives. A terra e céu se encontram no horizonte. Verdade antiga. Nesta coxilha sonhei com todos os passados e passos dos que virão.