Algodão
O algodão doce caiu da minha mão
Mãe pega o algodão,
parece nuvem caindo no chão
Chão sem algodão, mãe passa pano de tecido de algodão.
De seda são oa lençóis.
Olho para o vaso na mesa, parecem bordados os girassóis.
Toco nos girassóis, deito nos lençóis, olho pela janela, parecem nuvens feitas de algodão.
Um cheiro adocicado vem do bolo, do mel de engenho, das mãos da minha mãe.
Que lindo!
Semana para comemorar o dia das crianças .
Semana para comemorar o dia mundial do escritor .
Nas mãos de um poeta brotam, caneta, papel, digitação e amor.
Amor que toca suavemente,feito pedaços de algodão.
Algo acontece nas nuvens ...
Quando o dia é menos ensolarado,elas ficam em vários formatos, são verdadeiros moldes que relembram algodão.
No lençol de algodão, deito, sinto o cheiro suave do tecido, o cheiro da seda macia.
Deito nas ideias para compor um poema.
Sei que os escritores são
tecidos em versos e prosas.
Escritores são revestidos de ideias.
Foi quando dispersei o meu olhar, admirando as nuvens.
Algodão doce caiu da minha mão.
Algodão, parece nuvem que cai no chão.
Mas, a doçura permanece .
Nos dias de sol intenso, as nuvens quase não aparecem.
Aparecem as ideias, brotam em qualquer lugar, olhando para o céu ou deitado no lençol de algodão.
Basta ter leveza na forma de olhar a vida.
Criar imagens com as nuvens, sentir o cheiro adocicado de um bolo.
Escrever o próprio dia com caneta, lápis ou com alegria.
O escritor fica entregue aos desenhos da vida, recria o que observa ou vivencia.
O escritor entrega ao leitor o que ele vai entender e viajar dentro da sua imaginação.
O escritor, recria na mente do leitor momentos e percepções.
Faz um molde na imaginação,igualando-se
as nuvens que passeiam no céu,com vários formatos, relembrando em alguns instantes
um pedaço de algodão.