Estou cansada de sobreviver às custas de pensamentos alheios,
não sei quem eu sou de verdade, não encontrei a centelha, o que penso ser é somente um monte de cópia de outras cópias, cópias de cópias, nada em mim é original....
Desde cedo fui forjada de desejos alheios, padroes alheios, em miseros momentos eu realmente fui quem realmente sou,
mergulho no silencio e ele me confunde, mas sinto que é neste silencio, na leveza do silencio que posso me salvar, talvez sonhar.
Basta de mentir para mim mesma, fingindo sublimar e amenizar a dor, entre orações e súplicas, rituais e velas que nunca curam.
Eu,somente eu posso salvar-me, por isso me lanço neste abismo calando o eco, abrindo portas, jogando chaves fora,
nao quero mais intermediários entre eu e minha dor, entre eu e meu silencio, fecho os olhos e me encontro, eu meu salvador....