GANHO E GOZO

As relações entre renda e felicidade, para muitos, é a satisfação em viver proporcional ao bem-estar circunstancial.

A felicidade é entendida como satisfação com a renda e a vida, e como bem-estar psicológico. Entretanto, uma análise cuidadosa permite concluir que o desenvolvimento econômico reduz a força das relações entre renda e satisfação, assim como entre renda e bem-estar.

Estas afirmações representativas são relacionadas as mudanças no sistema de valores coletivo e materialista para o conceito individualista, independente destes valores não serem medidos diretamente.

A modernização é compreendida como um processo entre os elementos interligados do desenvolvimento econômico, mudança no conceito de valores de subsistência para valores relativos ao desenvolvimento pessoal independente, a livre expressão pessoal e a democratização de um sistema compartilhado.

A elevação dos padrões materiais de vida, por um lado, é a popularização, validação e o estabelecimento das organizações democráticas, por outro, são os valores que formam o fator intermediário das variáveis intervenientes entre o desenvolvimento econômico e a melhoria material de vida.

Por sua vez, o princípio da igualdade social e compartilhada, apesar de antigamente ter servido como um dos principais ideais do corpo político, é atualmente uma controvérsia dos ideais sociais com respeito a noção precisa de igualdade e da relação de justiça e igualdade, pois causa o questionamento sobre a extensão da igualdade “de quê” e “entre quem”, e de seu status dentro de uma teoria liberal da justiça no valor da igualdade.

No mundo atual, 1% da população detém riqueza equivalente à dos 99% restante das pessoas. A pobreza é caracterizada pela ausência de bens materiais ou renda suficiente para as necessidades básicas de uma pessoa, incluindo elementos sociais, econômicos e políticos.

Devido a individualização humana das condições de vida, as relações entre renda e felicidade mudam de uma forma consistente com a modernização ambiental, pois, o homem quer manter sua unicidade de fartura pessoal em comparação e para o detrimento de seus pares.

Assim, o homem comum, e narcisista, luta por individualizar a sua condição de vida, envolvido em seus devaneios de grandeza, acreditando que se tornará famoso, poderoso, influente, ou superior em algum tempo futuro, esquecendo que a felicidade, não a fortuna e o prestígio, é o maior bem.

A má formação doméstica e espiritual, e a mídia de massa convencem a muitos de que a riqueza leva à felicidade. Nem sempre acontece. O dinheiro certamente pode ajudar a alcançarmos nossos objetivos, prover nosso futuro e tornar a vida mais agradável, mas simplesmente ter os bens não garante o cumprimento da realização pessoal.

As pessoas mais conscientes não querem ser ricas, mas ser felizes no caminho. Porém, devemos valorizar nosso esforço e nos importar como aproveitar ao máximo o fruto de nosso trabalho, para evitar gastos excessivos, endividar-se, ou tomar decisões financeiras tolas. Porque de nada vale aprender sobre juros compostos ou contas de poupança de alto rendimento, se não soubermos como o dinheiro afeta nosso bem-estar.

Também, precisamos entender as forças construtivas e dispersivas de ordem social, que se movem, e descobrir sobre as coisas que duram, que tipo de coisas são passageiras e que coisas se repetem.

A felicidade se relaciona com o que sentimos além do que é apenas um estado de espírito passageiro. Como seres emocionais experimentamos uma ampla gama de sentimentos no cotidiano, que ajudam a evitar o perigo e nos defender, e nos proporcionam prazer e esperança facilitando a nossa conexão com as outras pessoas e a lidar com a negatividade inevitável.

A felicidade não se relaciona ao equívoco popular de que as pessoas felizes são de alguma forma mais propensas a serem preguiçosas ou ineficazes. Ser feliz, não é apenas se sentir bem, pois tem amplos benefícios para nosso desempenho, saúde, relacionamentos e muito mais. É estar presente para nós mesmos, para os outros e a vida.

Para aqueles que têm um forte senso de dignidade e propriedade, a realização de bem-estar dentro de valores equilibrados, é tão essencial para sua felicidade que não poderiam querer, por mais de um momento, nada que entre em conflito com a maneira como se sentem. Vêm a felicidade como algo de vital importância e algo que todo ser humano, em última instância, quer na vida.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 08/10/2021
Reeditado em 09/10/2021
Código do texto: T7358952
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