Desterro!
A vida.
Ah, a vida...
O que penso ser a vida em nada tem a ver com o que vivo.
Amo eternamente em plena maturidade,
Sofro por dentro por ter sido leal com a verdade,
Sempre deixo ir quem amo de verdade,
Por saber que a melhor opção é oferecer e dar a Liberdade.
Na minha dor, na minha penúria diária,
Apenas fecho os olhos e sinto câimbras,
Dor, saudade, lamento, intenso desejo, ânsia.
Meus rins nunca serão capazes de filtrar o que sinto,
Meu fígado nada produz além de suor, sonhos, sangue e lágrimas.
Dor,
Pertencimento,
Tristeza,
Felicidade que se foi quando partiu pra longe quem sempre estará nas minhas entranhas.
Mãnha da sedução que me fez reacender minha indiferença.
Defiro a indiferença incomensurável da analgesia que me assume.
Parabéns a quem me traz a dor da vida!
Não mais a sinto!
Arrancou minha pele a cru.
Me trouxe a realidade de ser quem sempre fui nas minhas indiferenças e solitudes de passos errantes.
Ódio e amor,
Faces da mesma moeda que a vida oferece.
De mim, hoje, me afasto, nefasto, devasto, emplasto para dor.
Andarilho,
Caudilho,
Peralvilho,
Martilho,
Churrilho...
Errante eu quem sou pois que erro quando acredito.
Desterro!
Arranque-me do solo que me fez brotar um leve sorriso!
Penso que as mentiras são realmente bem-vindas já que a verdade aprisiona e causa dores indizíveis.
Vive l'indifférence!
Só assim me faço livre!
Ou não, pois que o que nega com veemência esconde o acolhimento de um intenso amor na mesma proporção!
A vida.
Ah, a vida...