Lembrança
Donada a memória molha a ponta dos dedos e aponta pronada
Na direção imprecisa do vento
Lembra de lembrança sedimentadanonada
Dúvida
O que sempre poderia
O que deveria
O que faria
Ia
Indo
E foi pronada
E lá ficou
Numa acrópole submersa na elevação mais profunda
Ruínas insinuantes silenciosas elegantes que nada mais dizem
Mas vez e outra donada
O cabelo dela se embaraça quando a toca e aponta
Na imprecisa direção
Do vento que venta do nada
E embaraça o que havia antes sentimentado sedimentadoparasempre.