ASSEMELHAR-SE OU OPOR-SE

Ao reescrevermos o mundo, não nos limitamos a ler, nem a ver ou aceitar, lidando com a principal substância da realidade e o que realizamos dela, porque se podemos imaginá-lo, podemos criá-lo.

Num momento crítico da história humana, o futuro que podemos imaginar não deve ser uma visão hipotética automatizada que está nos reduzindo, da mudança climática que pode destruir nossa sociedade. Mas, uma perspectiva de estarmos à altura dos desafios que enfrentamos neste século, construindo um mundo melhor para nossos filhos, e uma civilização duradoura que saiba lidar com os desafios e problemas de longo prazo.

Todavia, precisaríamos de um padrão externo de um conjunto de suposições opcionais constituindo um mundo alternativo, a fim de descobrir as características do mundo real que pensamos habitar?

Como seres sociais, a maioria das pessoas é conformista com as normas sociais de suas respectivas sociedades.

A conformidade, com os controles e equilíbrios da moralidade mantém-nos ancorados na vida. Entre nossos antepassados, unia as antigas tribos humanas, tal como ocorre hoje, permitindo que eles formassem coalizões e se mantivessem leais à conduta padronizada dessas alianças numa conformidade normativa que envolve mudar o comportamento de cada um para se adaptar ao grupo, capacitando-os a estabelecer metas e fazer coisas juntos, atingindo objetivos de maneira mais eficiente e efetiva do que um único indivíduo e permitindo um sistema que é fluido ser modificado quando há necessidade de mudança, auxiliando na sobrevivência e na reprodução da espécie.

O desejo de integrar-se no grupo nos motiva a mudar o nosso comportamento quando entendemos que estamos em conflito com as pessoas com quem convivemos.

Às vezes, as pessoas não têm o conhecimento e procuram informações e direção para o grupo. Em outros casos, se identificam quando as pessoas estão em conformidade com o que se espera delas com base em seus papéis sociais.

Em contraste, é comum o inconformismo daqueles que não se submetem nem se resignam à relação de correspondência das convenções da tradição, costumes e normas comuns do grupo.

A sociedade, como um reflexo da individualidade humana, cujo objetivo é avançar como um todo, é um conjunto complexo daqueles que concordam em fazer, daqueles que discordam, e de alguns que se conformam de alguma forma, mas não se conformam em outras.

Desde o início dos tempos, dado a hierarquia e a injustiça dentro de cada sociedade, a dos que têm e a dos que não têm, “compartilhar a riqueza” não tem sido realmente o caminho que as coisas tomam.

Nem todas as sociedades se baseiam no que é bom para o bem maior. Há muitas coisas justas e injustas em todas as sociedades, pois, nem todas as leis estão de acordo com a justiça e a razão.

A conformidade manifesta a apatia que pode causar um mundo injusto, gerando pessoas que não são pensadores e não ajudam a apontar o que é certo ou errado no sistema. Entretanto, sem o inconformismo, nunca haveria luta pela diversidade e mudança política, social e econômica para melhor.

Com a nossa maturidade vem a noção de que a nossa personalidade começa onde a comparação deixa de existir. Devemos viver sob nossos termos, sem se desculpar por isso e, ser destemidos com a coragem de correr riscos, indo onde não há garantias, pois as normas são feitas para serem aperfeiçoadas. Ser único!

Deve haver um equilíbrio. Uma recusa de conformidade pode ser benéfica, quando ajuda. Quando prejudica, é somente uma negação que nos dá tempo para se ajustar a situações angustiantes. Neste caso, permanecer na recusa pode interferir em nossa capacidade de enfrentar desafios e a aceitar a verdade sobre algo que está acontecendo em nossa vida.

Porém, começamos a viver realmente quando comprometemos a nossa vida a uma causa maior do que nós mesmos.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 04/10/2021
Reeditado em 04/08/2024
Código do texto: T7356141
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