RELATIVIDADE PERSONALIZADA

Não podemos misturar o passado e o presente num parágrafo. A verdade peculiar é que cada percepção do mundo é uma percepção do passado.

O espaço entre nós e as coisas é uma variável que pode ser tão próximo quanto distante, que cada local existe em um “agora” diferente de nosso ponto de vista. O atraso de tempo da informação está inserido na física de nossa existência. O que chamamos “agora”, na verdade é o momento em que a luz ou outras informações nos chega. No cotidiano, a distância entre os dois é tão pequena que não podemos percebê-la, mas está lá.

Olhando para uma montanha a 30 quilômetros de distância, a vemos como se ela estivesse 1/10.000 de segundo para o passado. Se calcularmos isto em unidades métricas americanas, a velocidade da luz está próxima de 1 bilhão de pés por segundo. Se estivermos num avião voando a 10.000 pés de altura, e olharmos para baixo, estamos olhando 1/100.000 de segundo para o passado. Podemos nos aproximar do presente, mas nunca chegaremos lá, pois, todos nós estamos literalmente vivendo no passado.

Podemos adotar uma versão pessoal da relatividade, como a única maneira de nos livrar desta loucura temporal, definindo o momento de um acontecimento aceitando a ideia de que agora é o momento em que a informação do evento chega até nós.

Analisando de outro ponto de vista, a diferença entre o presente e o passado é que o presente consciente é uma consciência do passado de uma forma e numa extensão que a consciência do passado de si mesmo não pode mostrar. Podemos dizer, que os nossos antepassados mortos estão distantes de nós porque, agora, sabemos muito mais do que eles e, eles são o que nós sabemos.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 27/09/2021
Código do texto: T7351817
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